O mapa de calor do aplicativo mostra precisamente onde as pessoas correm em todo o mundo - incluindo em bases militares secretas
Para a maioria dos milhões de usuários de Strava as configurações de privacidade do aplicativo de treinamento são facilmente ignoradas. Claro, você pode optar por bloquear as corridas que começam ou terminam perto de sua casa.
Mas, para uma parte dos usuários Strava, negligenciar a verificação de privacidade é ter risco de segurança nacional.
Isso ocorreu porque, em novembro de 2017, a Strava lançou o Global Heat Map , uma representação cartográfica das atividades rastreadas por GPS dos usuários Strava de 2015 a setembro de 2017.
Até sábado passado, quando Nathan Ruser, um estudante australiano de 20 anos, especializado em Segurança Internacional e Estudos do Oriente Médio, descobriu que o Global Heat Maps poderia conter, além das corridas e passeios normais, mais inócuos e civis, os dados GPS de soldados dos Estados Unidos no exterior, incluindo aqueles que servem em locais secretos no Afeganistão, no Iraque e na Síria, cuja imagem de satélite é lavada da maioria das plataformas de mapeamento. Ruser compartilhou sua descoberta com o mundo através de uma série de Tweets.
O mundo rapidamente tomou conhecimento e, na manhã seguinte, jornais como The Washington Post estavam relatando a história. Em um mundo em que os dados pessoais estão se tornando cada vez menos pessoais e a medida em que a tecnologia avança, esse tipo de caso parece inevitável.
o CEO da Strava, James Quarles, emitiu um comunicado de imprensa, no qual ele abordou o problema. Nele, ele reconhece a seriedade da questão e descreve como a equipe da Strava planeja corrigir a situação no futuro - esses planos incluem trabalhar em estreita colaboração com militares e simplificar as configurações de privacidade do aplicativo.
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